dia-da-espiga

à escuta em: dia.da.espiga@gmail.com

29.12.06

Choque tecnológico

A reestruturação informática ocorrida em minha casa deu ontem para o torto. Os duendezinhos que transportam os bits entraram em colapso com tanto trabalho: ADSL ultra-rápida, telefone e TV ao mesmo tempo numa singela fichinha de telefone, bem me parecia que era demais. Estou sem nada. Coitadinho do portátil, tão novinho, tão cheio de genica e fica ali paradinho sem poder brincar aos blogues...
Mas eu insisto nestes impulsos reformistas! Assim que os duendes voltarem do hospital...

27.12.06

"25 most played" - biblioteca iTunes do local de trabalho

Secret Heart, Feist - Let It Die
Mr Brightside, The Killers - Hot Fuss
I hate candy, Lambchop - Aw cmon
Something's going on, Lambchop - Aw cmon
I Don't Know What I Can Save You From, Kings of Convenience - Versus
I Know It's Over, The Smiths - The Queen Is Dead
16, maybe less, iron and wine calexico - in the reins
Home [Air 'Around the Golf' Remix], Depeche Mode - Remixes 81-04 [3-CD Set] Disc 1
Homesick, Kings of Convenience - Riot on an Empty Street
Fistful of Love, Antony/Johnsons - I Am a Bird Now
Rebellion (Lies), The Arcade Fire - Funeral
How am I different, Aimee Mann - The last remains of the dodo
Time After Time, Cassandra Wilson - Traveling Miles
Is a Woman, Lambchop - Is a Woman
Hey, Pixies - The Best Of Pixies Wave Of Mutilation
Hope There's Someone, Antony/Johnsons - I Am a Bird Now
Right Here, Right Now, Cassandra Wilson - Traveling Miles
Sometimes It Hurts, Tindersticks - Waiting for the Moon
Irish Blood, English Heart, Morrissey - You Are The Quarry
Alone Again Or, Calexico - Convict Pool
Let It Die, Feist - Let It Die
Next Exit, Interpol - Antics
The Heart Remains a Child, Everything But The Girl - Walking Wounded
Unfinished Sympathy, Massive Attack - Blue Lines
Pasión, Rodrigo Leão - Pasión

Arte

Fui presenteada com Arte neste Natal... e com a excelente notícia deste regresso a Lisboa. (Ah, as boas recordações de quando fomos uma das suas esculturas no Museu do Chiado, condensadas na polaroid pendurada na escada da sala.)
Quanto a Candida Höfer no CCB, belíssima exposição. As imagens massificadas do património raramente retratam o seu valor patrimonial. Quase sempre contêm ruído, das pessoas, das encenações, das utilizações. Nestas fotos, apesar dos espaços escolhidos terem, na maioria dos casos, uma utilização intensa, são despidos para as fotografias e ficam crus na sua imponência, elegância, exuberância ou o que quer que lhes dê destaque. Quem conhece os locais, vai redescobri-los.

Bom espírito!

O concurso do Tugir acabou de forma excelente, senão vejam a foto de grupo...

Natal no nosso mundo

Pois é, querido, a minha gaveta dessas coisas também tem um fundo perigosamente côncavo. Raramente a remexo, mas o encanto de o fazer está mesmo nesse recordar longínquo, doce e nostálgico que descreveste. Custa-me muito aceitar que há pessoas e momentos que não podemos "recuperar", mas isso também ajuda a dar valor àqueles que permanecem com a mesma importância e autenticidade, como tu.
Agora percebo por que é que no fim do dia de Natal, quando te quisémos arrastar para um café tardio no nossa Lisboa, recusaste com a paz de espírito "tassebem" de quem sabe que não vamos fugir para lado nenhum.
Um Bom Ano Novo!

20.12.06

A minha árvore de natal Magrinha...


...juntamente com o presépio africano, a coroa pendurada na porta e as três bolas douradas colocadas em locais visíveis da casa constituem toda a minha decoração de Natal., a qual demora 10 minutos a dispôr.

O Natal, afinal, pode ser simples.

Envelhecer

Ou muito me engana ou está para nascer-me em breve o Terceiro Dente do Siso.

18.12.06

Eu, que sempre gostei do MEC

O título tem a ver com o facto de haver um culto MECiano em minha casa desde a década de 80, por influência do primeiro livro de crónicas que ele editou ter ido parar às nossas mãos (comprado pela minha irmã à conta de uns elogios de um professor da secundária) e por influência daquele tempo de antena na campanha para as eleições europeias, em que ele aparecia com um gato (isso é que conquistou definitivamente a minha mãe!). Temos no espólio familiar um conjunto apreciável das edições escuras e frágeis da Assírio e Alvim. Rimos e pensámos muito com ele. Li a ficção, aliás ofereci O Amor é Fodido a um amigo (lembras-te?). Ainda há pouco tempo comprei o livro das crónicas de música no Blitz.
Mas aquilo que senti ao ver a entrevista no Portugal de... mais ninguém escreveu e agora penso que não percebo nada de nada. Encontrei tantas coisas com que discordar no discurso dele. E só encontrei genialidade em lapsos num discurso turvo.
Tenho tanta pena. Não quero saber se foi da doença ou das mudanças em mim. Quero rever o programa e não conseguir conter os gestos de assentimento e depois vir aqui e substituir este post por um de louvor absoluto.
Neste só aconsigo afirmar que continuo a gostar do MEC.

13.12.06

Anáfora

Este post é dedicado ao meu querido amigo blog-to-announced a propósito do meu uso da palavra shuffle...
Hoje sinto-me didáctica!

12.12.06

Do palco para o shuffle

Koop! Merecem uma repescagem para ouvir com mais atenção, porque aquele casino... ui.

11.12.06

Do shuffle para o palco

É muito bom ver e ouvir Lambchop ao vivo. Posso confirmá-lo agora que ultrapassei o medo de descobrir que o tempo tinha enfeitado o primeiro concerto na minha memória. Kurt Wagner encarregou-se de recriar o encanto aí à terceria música que cantou, quando acalmou aquela voz bruta. Depois deixou-me afundar na cadeira, beber as palavras cada vez mais claras, absorver as imagens que pontuavam os músicos e o som, mas não me deixou ir embora sem uns quantos arrepios de emoção e pelo menos dois murros no estômago.
Não é genial que de Nashville, Tenessee apareça aquele tipo que desencanta tanta coisa para exprimir do countryside americano? E não é um milagre ser também liberal, simples, sensível, simpático?
Lembro-me de ter dito da outra vez que me apeteceu levá-los para casa, para tocarem de vez em quando, à noite ou ao fim de semana, num cantinho da sala, e depois tomarmos uma bebida e conversarmos sobre a vida. Ontem, acrescentei a fantasia de curar com a música deles toda a amargura desta cidade.
Porque Lisboa é, para eles, a cidade do romance.

4.12.06

No shuffle - II

Haverá, de certeza, uma relação entre TV On The Radio e cLOUDDEAD! Pistas?

Adenda depois de googlar os dois associados: a formação parece não ter ninguém em comum, mas o som está!

3.12.06

Serão

Aniversário da Casa Pessoa: chegámos atrasados, mas felizes. Cumprimentei um conhecido meu e seguimos directamente para levantar um moscatel que não sobreviveu à subida de três andares.
A poesia já tinha acabado e a elite dos blogues desfilava, igual a todas as outras: as conversas em grupo eram números de entretenimento protagonizados pelos mais eloquentes, a conversa dos mais atentos era, comprovadamente, má-língua e a atracção pelas bebidas e comidas era irresistível. Nós, solidários com os que se escondiam nos cantinhos aos pares, ali ficámos na varanda, a namorar, eu com um copo vazio na mão, ele a fumar um cigarro. Ele não se lembrava da casa assim, eu admirava o projecto. Teríamos ficado indiferentes se não me encantasse pelo anfitrião, que explicava o que aconteceria a seguir com o sorriso de orelha a orelha e as mangas de camisa de quem está em casa. E foi por isso (não porque lhe quisesse dizer alguma coisa) que me deixei ficar a olhar para ele com um sorriso ainda mais rasgado.
Dez minutos por ali e fomos embora para casa, ainda felizes, seguidos pelos olhares invejosos de quem imagina sexo como a única razão para sair mais cedo.