dia-da-espiga

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25.2.10

Madeira (2)

Aquele geólogo ultra credível do vídeo do Biosfera fala na importância da relação com o meio, exactamente o que pensava hoje enquanto tratava do jantar com o telejornal em fundo: quando se protegemos e afastamos da Natureza, promovemos o esquecimento. Isso faz com que seja preciso reeducar. É óbvio.

Madeira

Espero bem que Judite de Sousa não se acobarde perante Alberto João Jardim, cujas declarações tenebrosas são aquilo que faltava para me fazer sentir sua inimiga. Um triste.

17.2.10

O prazer de dissertar

Lembrava-me hoje (a propósito de nada, que é o melhor motivo) de uma conversa, numa esplanada de Melgaço, a beber imperiais (ainda não nos tínhamos viciado em vinho verde) enquanto discutíamos as fadistas. Amália, Amália e Mariza. Abordagem corriqueira, sem nada de obscuro que demonstre o elevado conhecimento de algum de nós... dissertávamos em público, entusiásticos, a rir e quase aos gritos entre golos e afirmações sentidas. Os senhores de idade à volta olhavam para nós. Ninguém mudou de opinião e todos aprendemos alguma coisa. Estes são os debates de que eu mais gosto. Alguns dos meus amigos dominam a arte. Eu tenho dias e quando me sai bem os outros gostam muito.

11.2.10

A comemoração de hoje é...

A libertação de Nelson Mandela.
Antecipei com uma ida ao cinema ontem. Os clichés de Eastwood saltam mais à vista nestes filmes biográficos, mas ainda assim trouxe-me lágrimas. Mandela lembra-me lágrimas. Nas minhas memórias, alguém morreu no dia em que Mandela foi libertado e eu vejo as imagens dele a percorrer as ruas, de mão dada com Winnie, sozinha em casa enquanto todos foram ao funeral. São 20 vinte anos e isso ajuda-me a esclarecer: afinal não foi o dia em que o meu avô morreu, foi o dia do funeral da minha ama (afinal era mais velha do que me lembrava... foi talvez o fim da infância?). Lembro-me de olhar para as minhas lágrimas no grande espelho da sala, que reflectia também Mandela na televisão, e não saber se eram de tristeza ou de felicidade. Lembro-me de me sentir culpada por o big picture ser sempre maior no meu coração do que a pessoa ao lado.

5.2.10

Ismael

Ismael (e Melville, para ser rigorosa) estão a ensinar-me o que era ser individualista, corajoso e tolerante há 150 anos. São as mesmas ambições. Só era mais difícil cumpri-las.
Este livro chegou mesmo a tempo.

1.2.10

Fã de versões (e falta aqui a dos Wilco, a do Beck... arre, musiquinha popular!)