dia-da-espiga

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26.10.06

A convocatória ao povo

O debate de ontem sobre o programa Grandes Portugueses foi muito mau (ui, quase ia usando pela primeira vez aqui um palavrão!). A coisa foi confrangedora ao ponto de me deixar com pesadelos:
Aquela senhora com um discurso parado nos anos 80 (do século XX português, XIX no resto do mundo desenvolvido) sobre as mulheres é responsável pelo programa nacional da leitura?
Aquele senhor dono de uma óptica, como acumula ele o cargo com o de pró-reitor da universidade do Minho?
Os alunos de jornalismo do Instituto Politécnico de Lisboa resolverão o seu problema de expressão oral até ao fim do curso?
A apresentadora não irá precisar de apoio psicológico depois daquele stress em que teve de gerir o conflito entre o seu estatuto de jornalista séria e que leva aquele programa a sério e aligeirar o objectivo, a única estratégia possível para gerir o debate (ainda por cima hostilizando o único especialista em "aligeiramento" no painél de convidados)?
Aquele velho facho nunca mais é corrido da televisão?

Algumas tiradas foram assustadoras. Felizmente, tenho uma memória muito selectiva e não vou viver atormentada com elas... Só retive uma expressão com piada: hiper-identidade. E concluí que, combinada com tontice, é uma doença muito grave.