dia-da-espiga

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4.3.08

Ulisses

Não é possível compreender plenamente o livro (a edição que tenho, uma nota de rodapé conta como o início do capítulo 11 foi interceptado por serviços secretos que puseram a hipótese de se tratar de uma mensagem em código!), mas o livro faz com que compreendamos plenamente as suas personagens. É como se fosse impossível saber mais sobre aqueles que acompanhamos do que aquilo que nos é contado ao longo de um dia. Como se ali ficasse tudo claro sobre Bloom, Dedalus pai e Dedalus filho (ou serão eles o mesmo, como Stephen teoriza em relação a Hamlet?). Uma longa viagem, contínua e encadeada, de pensamentos e sensações e espaços (ficamos a conhecer Dublin como uma personagem também...), todos percorridos com a mesma intensidade.
Tudo isto e ainda vamos na hora de almoço.