Um filme e mais do que um grande filme
"Mostrar um determinado meio social e dar-lhe uma dimensão romanesca, mostrar homens que habitualmente são mostrados de forma caricatural e que só se representam como gente em conflito com a sociedade, arranjar-lhes uma ficção e dar-lhes a dimensão de heróis... É essa a questão ao utilizar não actores: a vontade de dar a partilhar a uma série de pessoas, através da ficção, um mundo que não lhes é acessível, o mundo do cinema, das aparências, dos festivais, por exemplo. Quando vi Habib Boufrez, que era amigo do meu pai e trabalhava com ele nas obras, e Hafsia Herzi, uma rapariga de um bairro social de Marselha, no Festival de Veneza, uma cidade da elite, a utopia tornou-se concreta. Logo, deu sentido à minha procura."
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