dia-da-espiga

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17.6.08

Jogo de meninas

Tenho de discordar. Bem, a queixa sobre a chinfrineira ainda vai, agora o resto...
Na minha experiência, o segredo está naquele poder de observação e minúncia de registo que algumas de nós utilizamos para armazenar todos os aniversários e comemorações à nossa volta. Aplicando uma pequena porção desses dons ao futebol, facilmente reparamos naquele pormenor que não tem qualquer relevância técnica e que não aparece em qualquer estatística, mas que nos permite fazer um brilharete horas (ou anos) mais tarde quando, entre um grupo de homens orgulhosamente cromos, se corrige uma sentença ou uma comparação ou um cliché lido naqueles jornais desportivos odiosos que se vendem por aí. O espanto e a humilhação perante aquele ser que emite uma opinião inteligente sobre o jogo e ainda assim consegue estar impecavelmente vestida, ter maneiras correctíssimas à mesa e utilizar uma linguagem desprovida de palavrões estão ao nível de qualquer conquista feminista.
E, queridos: o Baresi de que falava é Franco, ok que tem um irmão, mas também não se chama Ricardo.