dia-da-espiga

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11.12.06

Do shuffle para o palco

É muito bom ver e ouvir Lambchop ao vivo. Posso confirmá-lo agora que ultrapassei o medo de descobrir que o tempo tinha enfeitado o primeiro concerto na minha memória. Kurt Wagner encarregou-se de recriar o encanto aí à terceria música que cantou, quando acalmou aquela voz bruta. Depois deixou-me afundar na cadeira, beber as palavras cada vez mais claras, absorver as imagens que pontuavam os músicos e o som, mas não me deixou ir embora sem uns quantos arrepios de emoção e pelo menos dois murros no estômago.
Não é genial que de Nashville, Tenessee apareça aquele tipo que desencanta tanta coisa para exprimir do countryside americano? E não é um milagre ser também liberal, simples, sensível, simpático?
Lembro-me de ter dito da outra vez que me apeteceu levá-los para casa, para tocarem de vez em quando, à noite ou ao fim de semana, num cantinho da sala, e depois tomarmos uma bebida e conversarmos sobre a vida. Ontem, acrescentei a fantasia de curar com a música deles toda a amargura desta cidade.
Porque Lisboa é, para eles, a cidade do romance.

2 Comments:

  • At 11/12/06 16:59, Blogger bitsounds said…

    não há muitos cantores assim ... lembro-me bem quando ouvi pela primeira vez o "how i quit smoking", foi uma revelação tremenda, n percebia mt bem de onde vinha aquela música fanstastica, mas não conseguia para de ouvir ... grande concerto na aula magna

     
  • At 11/12/06 17:23, Blogger rosab said…

    Ahhhh, que bom! fãs militantes dos Lambchop uni-vos nos elogios... nunca fico para os autógrafos, mas aí por volta da 1h ainda rondei o autocarro na esperança de apanhá-los a sair, só para mandar um sorriso... mas nada!

     

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