dia-da-espiga

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9.1.07

Estilos de escrita

O cuidado que ponho em eliminar repetições, dizendo tudo por outras palavras mesmo que exprimam ideias recorrentes, é um bocadinho ridículo. É também uma deformação, vinda da escrita de trabalhos científicos em que lemos outros autores, concordamos, mas depois não quermos ser acusados de plágio nem nos apetece encher o texto com notas de rodapé para garantir a correcção das citações. E um vício, vindo de milhares de palavras cruzadas nos dias de infância e dos exercícios sobre sinónimos na escola primária.
Depois da classe do Dostoiévski no uso da repetição de fragmentos de ideais (só ligeiramente distorcidas, para nos torturar) aparece-me Kundera, rodopiando a história à minha volta. Gosto muito.