Seguir viagem

Acabou a viagem à Índia na última página. Agora, finalmente, posso sentir algum distanciamento das memórias de viagem e ter a certeza daquilo que me deixou. E deixar-me invadir pelas coisas da vida daqui. O livro, só ele, é genial. Vejo marcas dele em tantos outros livros e em tantos filmes que, mesmo sendo anteriores ou estando longe da sua influência, não questiono sequer que o seguiram.
Fiz até uma pausa na leitura, para ponderar que obra vou sacrificar ao fardo da sucessão. Decido-me por um García Marquez jovem. Veremos.

Ano do Senhor

Continuando a espicaçar a minha inveja, uma exposição e um blogue (excelente, por sinal).

Used extensively in soundtracks to writing about cities (but in the 80's version)

Pequenas felicidades

Acabo de cortar 3 páginas de texto da tese. Parece-me que isto é sinal de que entrei numa nova fase. Seguem-se parágrafos reescritos de um fôlego e citações deitadas ao lixo. E depois tudo fará sentido e viveremos felizes para sempre.

Andar, andar, andar

As saudades que eu tinha de ténis. De sapatos de ténis. Não há par de botas que bata o conforto dos meus Puma 5000m e se nenhum outro motivo houvesse, esse já bastaria para agradecer a pausa na chuva.
Mas o que eu gostava mesmo era de ter um percurso à altura...

Coisas de óscares

A única piada que vejo nas nomeações deste ano é a possibilidade da actuação de M.I.A.: será que já a retiraram da lista? nomeados para óscar têm direito a visto?
Vou pensar numas opiniões.

A versão mais original do que o original que parece versão

Quando ouvi Tiger Mountain Peasant Song pela segunda vez, decidi investigar e googlei o nome da canção umas 5 vezes para descobrir de quem era o original. Demasiado seventies para ser daqueles marmanjos a-nirvanados (mas, enfim, bons), pensava eu. E começou a aparecer um video de uma versão umas meninas suecas com um ar muito caseiro, que, à força de ter mais visualizações do que o dos fleet foxes e da aceitação de que a música era mesmo deles, o que lhe estragava o mistério, ouvi...
Sem mais explicações:

Faithful to Marianne

Estou a ouvir Easy Come, Easy Go e sempre que tropeço nesta senhora fico a pensar...

Jovens soldados

Há pouco mais de um ano conheci em Berlim três israelitas que viajavam antes de cumprirem o serviço militar. Um rapaz e duas raparigas, que saíam todas as noites, falavam pelo cotovelos e tomavam o pequeno almoço em pijama, ao meio dia. Liam Saramago e não queriam ter a sua vida interrompida. Muito menos morrer. Como é que o Estado israelita consegue pôr os filhos de Folman na frente de batalha?

A quadra em família

Olho para a nova agenda (rendi-me à versão mini da Moleskine) e penso que posso já marcar o primeiro compromisso do ano: a festa de 100 anos da minha avó paterna, 31 de Dezembro de 2009. A seguir penso em escrever um post, que vai ser o primeiro do ano e que tem de comentar as festas. Estas coisas estão todas ligadas. Numa família como a minha, que não substitui gerações, manter o espírito de Natal quer dizer transferir a atenção das crianças para os velhos. O princípio é o mesmo: enchê-los de mimo. Se o entusiasmo dos destinatários é diferente, mais nostálgico e menos vibrante, o valor do acto é maior. As festas, para mim, acabam hoje, com o dia de Reis e com mais três aniversários na família, um por geração, cada um celebrado à sua maneira. Estas coisas estão todas ligadas.