dia-da-espiga

à escuta em: dia.da.espiga@gmail.com

31.5.09

Com confiança


Eu cantava uma versão fora de tempo, toda embrulhada...

28.5.09

Sinais dos Santos

Quatro mulheres no autocarro a cantar a marcha deste ano do seu bairro, manjericos à porta da florista e um calor de correr para o início da época balnear.

23.5.09

Q

Não tenho nada contra abreviaturas. Todos os meus apontamentos de estudante viveram delas. Gosto da escrita à mão corrida e apertadinha, a ocupar o mínimo de espaço possível e a condensar ideias em frases minúsculas. As novas práticas text messaging têm tentado corromper as minhas leis do abreviamento, mas não convenceram. Conheço quem não abrevie de todo ou quem corte nas formas verbais. Eu resisto a muitas formas, mas sobretudo ao "k": abrevio o seu som há anos, mas com "q", letrinha dotada de um encanto infinitamente maior. É uma teimosia só minha, constato. Tenho muito gosto nela.

21.5.09

Solarenga, primaveril e florida.

Agora, ao fim de três anos, associo este dia só ao meu blogue.
E fico sempre orgulhosa de ter escolhido tão bem a data.

19.5.09

Quase gémeos

Ivan Turguéniev era um ano mais velho do que Hermann Melville. O seu Pais e Filhos foi publicado onze anos mais tarde do que Moby Dick. Vieram juntos para minha casa no passado domingo. Estou gulosamente à espera que me tornar sua leitora.

17.5.09

O tal louvor absoluto

A única vez que escrevi aqui sobre Miguel Esteves Cardoso foi com desalento, quase desespero, a querê-lo de volta, iluminado como era. Mas que agora posso saudá-lo, aliás, já tardo. Há meses que a coluna dele no Público me repôs a confiança na genialidade. Desde a crónica do carro novo em segunda mão que me re-rendi. Está reposta a alegria na leitura.

15.5.09

Eu e a minha imensa imaturidade desejamo-vos um exclente fim-de-semana


To: RB, São João

"Some time ago Amnesty International asked if I might do "something" for that organization this year- (in previous years I had done one of my tour dates as a benefit for them). Amnesty has such an amazing and consistent track record of speaking out and helping to illuminate courageous people who might otherwise not be heard from so the answer was "yes."
It was decided to record some songs from my current tour for them to be sold as a download with the proceeds going to Amnesty. As there are no physical costs with digital distribution this means more of the sales percentage actually goes to where it's supposed to. So, thank you for supporting a great organization and I hope you like these recordings too.
Get the Tracks
The tour isn't over yet. It has been exhilarating for all the musicians, singers, dancers and the crew as well- so we all voted to keep rolling on through summer 09. On these live shows I decided to use the connection of Brian Eno- as a collaborator, producer or musician- as the thread that links some material from the past with a group of songs done last year. Most of the time music listeners are blissfully unaware of the contributions of a record producer, and sometimes even of which musicians who play on a record as well...so the Eno linking device might not be as self evident as I imagine. However, the device also allowed me to include a fair number of songs in the live set that people are somewhat familiar with, which wasn't exactly accidental.
For me, there is are rhythmic and structural links between the older material and the new- though there are lyrical and melodic differences too that I, at least, can hear. Those musical parallels help the live show maintain some kind of musical thematic unity- they help the show from becoming a random hodge podge of songs. I've even heard someone say to us backstage that they felt the show tells a story. They didn't elaborate as to what kind of story.
DB

Midtown"
Uma inteligência este homem. Sabe usar o potencial da tecnologia para chegar pertinho dos fãs e, tratando-os como velhos amigos, fazer-nos sentir parte do seu trabalho e de uma forma muito mais elegante do que "My Friends no My Space". O talento ajuda, claro, mas existe aqui um empreendedorismo e uma abertura ao mundo que são pouco de artista. Eu aprecio.

7.5.09

Podia ser uma de nós, podia ser Lisboa

Mas é Nova Iorque de Truman Capote, em 1949, e Sylvia anda a vender os seus sonhos.
"Sylvia virou-se; tinha na boca uma série de ganchos para o cabelo; retirou-os um a um enquanto falava. 'Tu falas do casamento como se fosse uma solução para todos os males; pois muito bem, até um certo ponto estou de acordo. Claro, claro que quero ser amada; haverá alguém no mundo que não o deseje? Mas, mesmo que estivesse dispostaa um compromisso sério, onde é que está o homem que há-de tornar-se meu marido? Acredita no que te digo - esse homem deve ter caído num buraco dos esgotos... Quando eu te digo que não há homens em Nova Iorque, estou a falar a sério, Estelle - e, mesmo que houvesse, onde é que uma pessoas os encontra? Todos os homens que conheci nesta cidade e que me pareciam minimamente atraentes ou eram casados, ou eram demasiado pobres para se casarem, ou, então, eram maricas. E, de qualquer modo, este não é um sítio para uma pessoa de apaixonar; esta é uma cidade para onde uma pessoa deve vir se quiser curar-se de alguma paixão (...)"

5.5.09

Feira dos livros, a minha feira dos clássicos

É na feira do livro que tenho alimentado a minha secção dos clássicos.
Este ano, vou à procura de Moby Dick. Já sei que é na Relógio d'Água...
Não consulto mapa de stands, não faço questão de ir direita à banca certa, vou cheia de outras ideias, vagas. Está aquele sol das explorações em família e ao domingo e com gelado no final. Perfeito.