Será que quando ele fecha a porta abre mesmo sempre uma janela?

Postais de um lugar entre dois tempos.

Re-mota

Blogar é demasiado pesado para a internet móvel da serra.
E por isso eu digo: tenho medo de enriquecer, na biblioteca municipal não há um dicionário de inglês digno desse nome, ter razão (ou será intuição) é uma merda, as perdizes são os animais mais lindos a atravessar a estrada e, sim, a desentoxicação já era.

Adeus cidade

Vou desentoxicar durante uma semana. Com ar puro, mergulhos em água doce, comida da mãe, beijos das avós, muitos livros, internet móvel... tudo, tudo a que uma cansada alma urbana tem direito.
E eis que à despedida, Lisboa oferece o seu melhor: sol quente de esplanada e o correspondente aquecer dos ânimos. Uma invasão de palco às portas do S. Carlos, com actores em fúria a gritar "censura!". E nós, deliciados, a abandonar o local para apoiar a coisa, a ouvir os pormenores, a concordar com tudo e a descobrir carecas.
É por este tipo de coisas que eu volto logo.

Sinais bons

Os meus pequenos problemas vêm de ser morena e andar muito a pé. Todas as marcas que me vão nascendo são, afinal, irrelevantes. Venho embora a sorrir e com a imortalidade em alta.

E agora, o grande debate

A animação que a recente polémica na Royal Geographic Society e a eleição de Palin têm gerado faz-me mais uma vez adorar a nossa pequena, mas imensamente divertida comunidade científica.
Eu também me irrito com a glorificação inglesa das grandes expedições, naquilo que de colonialista e dandy representam, mas é um facto que foram importantes e é óbvio que os satélites não substituem sujarmos os pés e embrenharmo-nos no mundo (mas esta última é mais uma face da discussão à volta das Virtudes das Vivências Virtuais).
Gosto disto. Tenho lido todos os e-mails das newsletters profissionais sobre o assunto e recomendo (com documentação e tudo!) a discussão.

Vai ser divertido

Michael Palin, ex-Monty Python e recém-eleito presidente da Royal Geographic Society

Afinal não foi bem assim

Foi mais "I went out on Saturday morning/I came home on Sunday afternoon"... o resto não se comenta nem lamenta.

We know what our right hands are for!

A ouvir hoje com o espírito original e não a versão dos Nouvelle Vague... (a ver se esta gente não sabia da coisa: Stella Artois, do melhor que se aranja no UK!)

Simpática e inútil

Recebi hoje a resposta automática de e-mail mais fantástica de sempre: "Desculpe se não responder à sua mensagem. Sorry if you don't get an answer from me.” Não elimina a expectativa de resposta, não dá um prazo de prescrição, não explica por quê. Não sei se me ria se me zangue…

Galafura a direito

Podia discorrer sobre como é fácil distorcer os factos para ficarem à altura das nossas recordações ou sobre como certos níveis de beleza são impossíveis de captar. A verdade, enfim, é que sou irremediavelmente distraída e as fotos que tirei em Galafura há uns 9 (10? 11?) anos encaixam mais ou menos assim (nem encaixam, em rigor, porque claramente não foram tiradas exactamente do mesmo sítio):















Mas se não fosse este senhor, também acho que ninguém dava conta...