Aquele fim de semana

Foi mais ou menos como previ... mas com bolas de Berlim a meio da manhã e bolas para Berlim à noite.

Este fim de semana

vai ser assim!

Mudando de assunto...

...o que não é fácil! Quanto mais leio e consulto, mais conhecedora de futebol fico e mais me apetece discutir, escrever muito sobre e alimentar o tema...
Mas tenho outra coisa a ocupar-me a cabecinha. Ai os medos, o karma que me alcança, essas coisas tontas da insegurança! Mas é bem feita para aprender a aceitar nos outros aquilo que me parece tão natural em mim...

Blogs com coisas fixes sobre o Mundial

Todos nacionais e por ordem aleatória...
http://www.acausafoimodificada.blogspot.com/
http://origemdasespecies.blogspot.com/
http://mautemponocanil.blogspot.com/
http://www.bolanaarea.blogspot.com/

Ah, e o site que transforma qualquer tótó num comentador de futebol bem documentado!

Porque eu gosto mesmo de futebol

Não sei se explique primeiro a minha relação com A Coisa...
Pronto, rapidamente: o meu pai gosta, mas não liga muito, a minha irmã e a minha mãe ainda menos, mas tinha uns primos fanáticos que me arrastavam para ocupar a baliza nos jogos de rua, porque fazia conta certa na equipa do Sporting (é daí...) e fui objecto de uma lavagem ao cérebro que me faz ter como algumas das recordações mais fortes até aos 10 anos de idade o 7-1 (ou foi 6-0?) ao Benfica no campeonato, o falhanço do Veloso na final com o PSV (eram esses não eram?), o jogo com a Inglaterra no Mundial do México, o Maradona a jogar no Nápoles...

Enfim, sigo os jogos, deliro com os bons e adormeço nos maus. Há algumas coisas que me estragam este prazer:

1. O balanço do dia na RTP1, que daria tanto jeito se os resumos fossem maiores e a conversa mole mais curta (é que a conversa não é interessante, é mole mesmo; sugiro o seguinte alinhamento - introdução de 1 minuto + resumo de 15 + comentário de 5 + resumo de 15 + comentário de 5 + resumo de 15 + comentário de 5 + 4 minutos de notícias/comentários sobre a selecção de Portugal, perfazendo um total simpático de 65 minutos).
2. Deixar de ter todos os jogos em canal aberto.
3. A pressão sobre mas também os maus jogos de Ronaldo, em nome de tantos serviços ao bom futebol.
4. O nacionalismo bacoco à volta da nossa participação, porque não é verdadeiro, é fútil e pouco saudável.

E coisas que me agradam:

1. Reconhecer as cidades alemãs e revê-las a esta luz estranha, de tão colorida e surreal.
2. Angola e Croácia, coitadinhos.
3. Desconfiar (e anunciar) que vai ser um grande mundial para o Figo.
4. Juntar-me com os amigos nos jogos de Portugal (o próximo vai ser excepção, acho...).
5. Discutir a qualidade das equipas, a forma (e as formas) dos jogadores, as classificações dos grupos, etc etc... com o meu namorado.

Para acabar, duas histórias giras sobre futebol.

Contei uma vez ao Eusébio (num encontro casual, local público, pura sorte do destino ele estar sentado ao meu lado...) a história de como me tornei adepta do Sporting, ao que ele respondeu "eu sabia que uma miúda tão gira tinha de ter algum defeito". Esta era só para me gabar...

Um amigo meu esteve em França na semana passada e planeava ir até à Alemanha ver o Portugal-Irão, à conta de um outro amigo nosso lhe ter arranjado bilhetes à última hora (por sinal, o mesmo milagreiro a quem devo a segunda fase do Euro 2004 ao vivo). Enviados os ditos bilhetes por correio expresso, nunca chegaram a ser entregues na morada indicada e, depois de vários telefonemas injuriososos para os correios franceses e portugueses, ele acabou por ver o jogo ao meu lado, com a sua sagres na mão, os pés descalços em cima do sofá e aos gritos como se estivesse no estádio, a aturar com um sorriso nos lábios o gozo do resto do grupo enquanto imaginava um carteiro francês e esposa sentados nos seus lugares. A isto chama-se espírito desportivo!

Túneis

Não sei por onde passaram estas pontes, dias-túneis, em que se fez tudo com muita calma e não sobrou tempo para ver dos blogs!
Passei as horas a ver futebol e filmes na TV, a ler (faltam 250 páginas ...), na pedicure, nas compras, na lida da casa, a namorar, a cozinhar, a conversar. Estive pouco na rua e pouco ao computador. Durante três dias, o meu despertador marcou 10h35. Pintei as unhas várias vezes.
E entretanto, acabou a Linha da Beleza e o último episódio foi o melhor! Curioso, porque correspondia à parte do livro de que gostei menos...

Exs

Penso muitas vezes nos meus ex-namorados em termos que talvez não sejam muito comuns. Por exemplo, acontece-me com frequência imaginar com qual das minhas amigas solteiras faria o A (ou o B ou o C, felizmente são poucos) um casal giro e gosto muito de vê-los com as namoradas novas, desde que elas sejam giras e simpáticas. Acho que merecem. Dou comigo a observar como se comportam e a fazer comparações com a ideia que tenho do nosso tempo juntos e às vezes, confesso, invejo os momentos que me parecem mais afectuosos. Isto acontece mesmo que já me tenha separado deles há muito tempo e que não coloque a hipótese de (mais) uma recaída... Acontece também, às vezes, sentir a velha cumplicidade e sorrir por dentro ao receber um bocadinho de informação privilegiada sobre a sua nova vida, como se entrasse de novo nela, atravessasse e voltasse a sair.

Manias cibernáuticas

Sou fanática do "Abrir numa nova janela". Raramente leio o que me interessa numa página de uma só vez, porque me distraio com as dicas, referências, indicações com que, à traição, nos entremeiam os textos. E depois, não quero perder o contexto. Dá jeito ter as páginas da(s) pesquisa(s) no Google e os resultados abertos para saltitar entre todos eles. Sim, é verdade que gosto de divagar e retomar o fio à meada. É tão meu...

Migração interna

Vou de fim de semana. Quero dar mais um avanço no diabo do Dom Quixote, mas os meus objectivos mais importantes são mesmo colher fruta da época e descobrir se temos abóboras este ano...

Wild is the Wind

Talvez só faça sentido na voz de Nina Simone durante sete divinos minutos.

Love me love me love me
Say you do
Let me fly away
With you
For my love is like
The wind
And wild is the wind
Give me more
Than one caress
Satisfy this
Hungriness
Let the wind
Blow through your heart
For wild is the wind
You...
Touch me...
I hear the sound
Of mandolins
You...
Kiss me...
With your kiss
My life begins
You're spring to me
All things
To me
Dont you know you're
Life itself
Like a leaf clings
To a tree
Oh my darling,
Cling to me
For we're creatures
Of the wind
And wild is the wind
So wild is the wind
Wild is the wind
Wild is the wind

A linha da beleza

Comprei este livro o ano passado (este mesmo, esta edição, lindo-lindo-lindo...) e li-o durante as muitas noites solitárias e horas dentro de aviões de uma viagem de um mês ao Canadá.

Foi uma companhia desleal, com o seu erotismo a agravar a dor da distância do meu recém-namorado e com um cinismo que enevoou o meu olhar sobre o Novo Mundo.

Adorei-o. E estou cheia de pena de ter perdido o primeiro episódio da série. Hoje não falha!

(Correcção, foi ontem... o post não foi publicado a tempo!)

Acerca das uvas

Gosto de uvas sem pele e por isso dantes pelava até as uvas para a salada de fruta. Hoje em dia, basta-me que sejam doces.
Ontem falava com o meu amor (doce) sobre como foi bom passarmos um domingo calmo, podermos aninhar-nos no sofá, sem horas para estar noutro sítio. Falávamos disto enquanto esperávamos a conta num restaurante, ele fumava um cigarro e eu sentia a pressa de voltar para casa.
Foi muito bom.

Um casal dos favoritos

Os Phoenix lançaram em Maio um novo album e é bom. Sofia Coppola levou um novo filme a Cannes e dizem que é mau.

Quase-verão

O calor fora de época derrete-me a inspiração para escrever. Prolonga-se o estado comatoso da praia: sono, comida, banho, ler não mais de 10 páginas seguidas de um livro, limitar as conversas a monossílabos, olhar para o longínquo... Mais do que isso parece-me uma violência.